Vaticano estaria preparando uma declaração sobre vida
extraterrestre?

Rosana Ubanell, do Voxxi News, reportou ontem que,
devido aos avanços nos métodos de detecção científica
para a descoberta de vida extraterrestre, o Papa
Francisco quer estar preparado com uma declaração sobre
o “Primeiro Contato”.
Ubanell reporta que os detalhes ainda deverão ser
oficialmente anunciados, mas que o interesse do Vaticano
na vida extraterrestre é bem documentado através de
conferências recentes sobre astrobiologia que o
Observatório do Vaticano tem patrocinado, ou
participado.
O Padre Guy Consolmagno, um astrônomo Jesuíta e um dos
proponentes líderes da preparação científica para a
descoberta de vida extraterrestre, em 18 de julho
passado, ganhou a medalha de ciência Carl Sagan da
Sociedade Americana de Astronomia. O Papa Francisco, que
também é Jesuíta, consulta regularmente Consolmagno e
outros astrônomos do Vaticano sobre as questões
científicas. É provável que o Papa esteja preparando uma
fala “Urbi et Orbi” – sobre o primeiro contato com vida
extraterrestre.
Se o Papa realmente estiver preparando uma declaração
sobre a vida extraterrestre, é provável que ele irá
enfatizar que não há nenhuma incompatibilidade nos
ensinamentos cristãos com a crença na vida
extraterrestre, como o Padre Funes propôs em 2008.
É provável que o Papa irá enfatizar temas sobre os
extraterrestre, tais como: não compartilham o pecado
original, são mais evoluídos eticamente, e são capazes
de compartilhar a mensagem cristã, sendo nossos irmãos.
Nem todos irão dar as boas vindas à declaração do Papa
Francisco, o qual provavelmente irá defender que os
extraterrestres são nossos irmãos e dignos de serem
batizados na fé cristã.
De acordo com Chris Putnam e Tom Horn, autores do livro
Exovaticana, o Papa está se preparando para liderar a
Igreja Católica no abraço aos alienígenas como “irmãos
em Cristo” – que seria resultado dos relatos de
‘benevolentes irmãos do espaço’ , de contatados dos anos
50 e 60. O livro de Putnam e Horn indica uma futura
guerra religiosa entre aqueles que aceitam os
extraterrestres como “irmãos em Cristo” e aqueles que
acreditam que eles sejam demônios retornando para nos
escravizar.
http://www.examiner.com/article/vatican-preparing-statement-on-extr...
Notícia de 2008:
Vaticano admite que pode
haver vida fora da Terra
Diretor de observatório da Santa Sé diz que não se
pode limitar ação criadora de Deus.
O diretor do observatório astronômico do Vaticano,
padre José Gabriel Funes, afirmou que Deus pode ter
criado seres inteligentes em outros planetas do
mesmo jeito como criou o universo e os homens.
"Como existem diversas criaturas na Terra, poderiam
existir também outros seres inteligentes, criados
por Deus", disse o diretor do observatório conhecido
como Specola Vaticana.
"Isso não contradiz nossa fé porque não podemos
colocar limites à liberdade criadora de Deus",
acrescentou Funes, em entrevista ao jornal
L'Osservatore Romano, órgão oficial de imprensa da
Santa Sé.
Na entrevista ao jornal do papa, o padre Funes,
jesuíta argentino de 45 anos de idade, cita São
Francisco ao dizer que possíveis habitantes de
outros planetas devem ser considerados como nossos
irmãos.
"Para citar São Francisco, se consideramos as
criaturas terrestres como 'irmão' e 'irmã', por que
não poderemos falar tambem de um 'irmão
extraterrestre'?", pergunta o padre. "Ele tambem
faria parte da criação."
Perspectiva
Na opinião do astrônomo do Vaticano, podem haver
seres semelhantes a nós ou até mais evoluídos em
outros planetas, ainda que não haja provas da
existência deles.
"É possível que existam. O universo é formado por
100 bilhões de galáxias, cada uma composta de 100
bilhões de estrelas, muitas delas ou quase todas
poderiam ter planetas", afirmou Funes.
"Como podemos excluir que a vida tenha se
desenvolvido também em outro lugar?", acrescentou.
"Há um ramo da astronomia, a astrobiologia, que
estuda justamente este aspecto e fez muitos
progressos nos últimos anos."
Segundo o cientista, estudar o universo não afasta,
mas aproxima de Deus porque abre o coração e a mente
e ajuda a colocar a vida das pessoas na "perspectiva
certa".
Padre Funes diz ainda que teorias como a do Big Bang
e a do evolucionismo de Darwin, que explicam o
nascimento do universo e da vida na Terra sem fazer
relação com a existência de Deus, não se chocam com
a visão da Igreja.
"Como astrônomo, eu continuo a acreditar que Deus
seja o criador do universo e que nós não somos o
produto do acaso, mas filhos de um pai bom", afirma.
"Observando as estrelas, emerge claramente um
processo evolutivo, e este é um dado cientifico, mas
não vejo nisso uma contradição com a fé em Deus."
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL468362-5603,00-VATICANO+...
Notícia de 2011

O padre argentino José Gabriel Funes não gosta de
polêmicas, embora seu nome sempre seja citado quando o
assunto envolve vida
extraterrestre e a crença na religião católica.
Astrônomo e diretor do Observatório de Astronomia do
Vaticano, o religioso, que já declarou acreditar na
possibilidade de Deus ter criado vidas em outros
planetas, garante que não vive em conflito com a Igreja
Católica. “Não existem contradições e oposições. O
interesse científico é o que me motiva. Busco Deus em
tudo o que faço e o encontro em minhas pesquisas
também”.
O interesse pelas estrelas começou cedo. Mais
precisamente quando o primeiro astronauta pousou na Lua
e ele tinha apenas 6 anos. E sua ordenação como membro
da ordem jesuíta só aconteceu na fase adulta. Hoje, aos
48 anos, o padre se orgulha de poder participar de
palestras e seminários de estudo sobre a formação das
galáxias. “Encontro todo o apoio possível do Santo Padre
às minhas pesquisas”, afirma, referindo-se ao Papa Bento
XVI.
Em entrevista ao iG, padre José disse
que apenas lamenta não ter mais tempo de observar as
estrelas como na infância e adolescência. “Essa é uma
das coisas que mais gosto de fazer. Mesmo que seja
apenas para olhar e não estudar. Pena que o tempo seja
curto”.
iG: No que consiste sua pesquisa?
Padre José Gabriel Funes: Estudar galáxias que
não estão há mais de 100 anos-luz, como se formam
estrelas e novas galáxias. É um tema complexo, da
atualidade e muito interessante.
iG: Como surgiu a astronomia na vida do senhor?
Padre José Gabriel Funes: Desde pequeno me
senti atraído pelas estrelas. Quando o homem chegou à
Lua, fiquei fascinado. E como era muito estudioso em
física e matemática achei que poderia me dedicar ao
estudo da Astronomia. Tinha grande curiosidade em
entender o universo.
iG: O Vaticano interfere em suas pesquisas?
Padre José Gabriel Funes: Pelo contrário. Me dá
grande apoio para realizar as investigações e também
ajuda a promover eventos ligados à astronomia.
iG: O Papa acompanha o trabalho no observatório?
Padre José Gabriel Funes: Há cerca de 3 anos,
pude explicar pessoalmente ao Papa Bento XVI como
trabalhamos no observatório. Recentemente, o Santo Padre
também nos visitou e quis ver nossa exposição de
meteoritos.
iG: Ciência e religião podem caminhar juntos?
Padre José Gabriel Funes: Isso é perfeitamente
possível. Pertencem à ordem da escola dos jesuítas tanto
astrônomos, como físicos e matemáticos. Esse é um
pequeno exemplo de como a Igreja sempre promoveu o
desenvolvimento científico. Não existem contradições e
oposições.
iG: Seus estudos afetam suas crenças religiosas?
Padre José Gabriel Funes: Não diretamente. O
interesse científico é o que me motiva. Busco Deus em
tudo o que faço e o encontro em minhas pesquisas também.
iG: A Igreja Católica já aceita a existência de
vida extraterrestre?
Padre José Gabriel Funes: Não faço um
pronunciamento oficial. Simplesmente, no meu ponto de
vista, vejo que há a possibilidade de vida em outros
planetas. E que isso não gera contradição alguma com a
religião católica e com a crença na criação.
iG: Quem criou o Universo: Deus ou o Big Bang?
Padre José Gabriel Funes: É preciso explicar
que o Big Bang é um modo de falar sobre a compreensão
científica que temos da origem do Universo. E Deus está
presente em tudo e em todos os momentos.
iG: Com frequência o senhor costuma observar as
estrelas?
Padre José Gabriel Funes: Atualmente, menos do
que gostaria. Mas é uma das coisas que mais gosto de
fazer. Mesmo que seja apenas para olhar e não estudar.
Pena que o tempo seja curto.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/astronomo+catolico+nao+ha+co...
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