O SONHO PROFÉTICO DE
DOM BOSCO

Seu sonho profético central, ocorrido em 1862 (três anos
antes do Concílio da Igreja Católica conhecido como
Vaticano I), está transcrito abaixo:
"Imagine-se no meio de uma enseada, ou melhor, sobre uma
rocha isolada, da qual não se divisa nenhum ponto de
terra firme, exceto sob os seus pés. Na extensão desse
vasto mar, você divisa uma frota incontável de navios de
guerra dispostos para a batalha. As proas desse navios
são pontiagudas e perfurantes, de forma a perfurar e
destroçar completamente tudo contra o que se lançarem.
Os navios são armados com canhões, muitos rifles,
materiais incendiários e outras armas de fogo de vários
tipos, e avançam contra um navio bem maior e mais alto
do que o deles; eles tentam atingi-lo com suas proas ou
queimá-lo, causar-lhe mal de todas as maneiras
possíveis.
"Escoltando o majestoso navio plenamente equipado, há um
sem-número de barcos menores, que recebem comandos
daquele por sinais, reposicionando-se para defenderem-se
dos ataques da frota inimiga. Bem no meio dessa imensa
extensão marítima, duas poderosas colunas elevam-se,
altas, a pequena distância uma da outra. No topo de uma,
encontra-se a estátua da Imaculada Virgem Maria, de
cujos pés pende um enorme placa com a inscrição:
Auxilium Christianorum - Auxílio dos Cristãos; sobre a
outra, que é ainda mais alta e maior, há uma enorme
Hóstia, de tamanho proporcional ao da coluna; e sob ela,
outra placa, com as palavras: Salus Credentium -
Salvação dos Fiéis.
"O comandante supremo do navio grande é o Sumo
Pontífice. Observando a fúria dos inimigos e malfeitores
dentre os quais os fiéis se encontram, ele convoca os
capitães dos pequenos barcos e ordena um conselho, para
juntos decidirem o que fazer.
"Todos os capitães vêm a bordo e se reúnem em torno do
Papa. Eles iniciam uma conferência, mas nesse meio tempo
o vento e as ondas rompem numa grande tempestade, e eles
têm de retornar às suas próprias embarcações para
salvá-las. Vem, então, uma pequena calmaria; pela
segunda vez, o Papa reúne seus capitães em torno de si,
enquanto o navio-mãe prossegue em seu curso. Mas a
terrível tempestade retorna. O Papa comanda a embarcação
e envia todas as suas energias para direcionar seu navio
às colunas, de cujos topos pendem muitas âncoras e
fortes ganchos ligados a correntes.
"Todas as embarcações inimigas mobilizam-se para
atacá-lo; elas tentam detê-lo e afundá-lo, de todas as
maneiras ao seu alcance: algumas com livros e escritos
inflamáveis, de que dispõem em abundância; outras com
armas de fogo, com rifles e outras armas. A batalha
recrudesce crescentemente. O inimigo ataca de proa
violentamente, mas seus esforços provam não ser
eficazes. Eles arremetem em vão, e perdem todo o seu
esforço e a sua munição; o grande navio segue inabalável
e suavemente seu rumo. Às vezes acontece de ser atingido
por formidáveis tiros, ele apresentar grandes brechas
laterais; Mas assim que o dano acontece, uma brisa
gentil sopra das duas colunas, fechando as fissuras e
restaurando os estragos imediatamente.
"Entrementes, as armas de fogo dos assaltantes são
disparadas; rifles e outras armas, bem como as proas se
quebram; muitos navios são atingidos e afundam no
oceano. Então, os inimigos enfurecidos passam a lutar
corpo-a-corpo, com os punhos, tiros à queima-roupa,
blasfêmias e maldições. "De súbito, o Papa cai
gravemente ferido. Imediatamente, os que estão com ele o
ajudam e o levantam. Uma segunda vez, o Papa é atingido;
ele cai de novo e morre. Um grito de júbilo e vitória
irrompe dentre os inimigos; de seus navios eleva-se uma
indizível zombaria.
"Mas assim que o Pontífice cai, um outro assume o seu
lugar. Os pilotos, tendo-se reunido, elegeram outro tão
prontamente que, com a notícia da morte do anterior já
se apresentam as boas novas da eleição do sucessor. Os
adversários começam a perder a coragem.
"O novo Papa, pondo o inimigo em fuga e superando todos
os obstáculos, guia o navio diretamente às duas colunas
e consegue descansar entre elas. Ele ancora o seu navio
à coluna encimada pela Hóstia, prendendo uma corrente
leve que sai da proa a uma âncora presa à coluna; uma
outra corrente leve presa à popa é atracada a uma âncora
que pende da coluna sobre a qual está a Virgem Maria.
"Neste ponto, inicia-se uma grande convulsão. Todos os
navios que estiveram até então em luta contra o navio do
Papa são dispersados; eles se afastam em confusão,
colidem e quebram-se em pedaços, uns contra os outros.
Alguns afundam e tentam afundar os outros. Muitas das
pequenas embarcações que lutaram galantemente pelo Papa
correm a prender-se às colunas. Outras, que se haviam
mantido à distância, por medo da batalha, observam
cautelosamente de longe; assim que os escombros dos
navios afundados são dispersados pelos redemoinhos do
mar, elas se aventuram a rumar para as duas colunas, e
alcançando-as, fazem-se prender aos ganchos que delas
pendem, para se porem a salvo, à sombra do navio
principal, onde está o Papa. Reina sobre o mar uma
grande calma."
(Adaptação do livro "Quarenta Sonhos de S. João Bosco",
compilado e editado por Pe. J. Bachiarello, S.D.B.)
O Concílio Vaticano I, envolvendo todos os Bispos e
Cardeais da Igreja Católica, foi abruptamente
interrompido quando as tropas Piedmontesas ocuparam
Roma, em 1870. Foi retomado em 1962, novamente em Roma,
noutro Concílio, conhecido como Vaticano II. Em cada um
desses Concílios, o Papa poderia ser descrito como um
líder reunindo seus capitães - as duas reuniões
descritas no sonho profético de S. João Bosco!
O Papa descrito neste sonho profético não é uma pessoa
(menos ainda necessariamente a mesma pessoa), mas a
figura do Papa, uma vez que o Papa, quem quer que seja
ele, é o líder da Igreja Católica. É interessante
notar-se que só houve um Papa ferido gravemente desde
este sonho profético ocorrido em 1862: o Papa João Paulo
II, atingido por um tiro em 1981. Assim, de acordo com a
profecia, parece ser eminente o tempo em que ou João
Paulo II ou, talvez, seu sucessor morrerá de danos
infligidos por seus oponentes. Mas convêm recordar que
antes do Papa João Paulo II, o Papa João Paulo I apesar
de não ter sido ferido por arma de fogo ou algo assim,
teve uma passagem muito rápida no comando da grande
embarcação (Igreja Católica), foram somente 32 dias de
papado, e depois a sua misteriosa e súbita morte.
Resta-nos perguntar:
Quem ancorará o navio da Igreja seguramente entre os
dois Pilares ?
João Melchior Bosco nasceu em 16 de
agosto de 1815 em Castelnuovo D´Asti, na Itália. Ficou
órfão de pai aos 2 anos de idade e foi educado pela mãe,
“Mamãe Margarida”, na fé e na prática coerente da
mensagem evangélica. Com apenas 9 anos, teve um sonho e
intuiu que deveria se dedicar à educação da juventude.
Fonte da sua infatigável atividade e da eficácia de sua
ação foi uma constante “união com Deus” e uma ilimitada
confiança em Maria Auxiliadora que ele sentia como mãe.
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